... porque há sempre algo que se move;
talvez os ponteiros de um relógio
em rotação contrária
talvez um andar de costas
pisando nos mesmos passos
talvez uma palavra...um retrato...
...porque há sempre uma pontada estranha
numa ferida já cicatrizada
há sempre outonos frios
chuvas nas vidraças
Há um quê de não se saber de quê...
Há essa confusão atordoada
de uma lembrança morta e enterrada
Mas tudo isso é breve e logo logo passa...
À frente, sempre
ResponderExcluirHá sempre um mágico movimento
Não importa se à frente ou pra trás
Se para frente implica implemento
Se ao contrário nenhum bem traz.
Não devemos caminhar de costas
Pisando sobre os próprios passos
Com certeza uma péssima aposta
A qual denota um pertinaz fracasso.
Não vivamos de lembrança portanto
Esqueçamos as passadas feridas
Um pé à frente do outro, enquanto
Percorremos a via única desta vida.
Porque não há no céu anjo ou santo
Que possa interromper essa corrida.