Nenhuma borracha apaga
as arranhaduras que mapeam a minh’alma
Só o tênue fio rubro que lhe escorreu bêbado
e lhe fez o tal desenho é que desapareceu.
Ainda vejo(e nem preciso usar o zoom),
em cada ponto, uma marca
E quando meus olhos se aprofundam
e quase as tocam,
sinto nelas uma sensibilidade que é toda dor.
Confesso: Ainda tremo... e queimo,
e me desmancho de medo.
Então me abandono em profundos devaneios
Quisera não tê-las, ao menos não vê-las,
mas elas são os meus sinais(rubros sinais)
Marcas que não irão se desfazer nunca,
nunca mais...
regina ragazzi
Limerique
ResponderExcluirEra uma vez certas arranhaduras
Marcas talvez de certas aventuras
As cicatrizes perenes
Assim nem tanto solenes
Causavam profunda dor essas agruras.
Olá!Boa tarde!
ResponderExcluirRegina
Tudo bem?
Muito bonito.
Eu penso que nada é mais difícil do desapegar-se de algumas marcas do que se lamenta, nada é mais doloroso do que aceitar a realidade que você foi magoado e nada é mais difícil do que aceitar que você é capaz de fazer os seus próprios erros na vida. Mas só se conseguir aceitar e compreender que essas coisas acontecem, você conseguirá definir-se quem é, e quem quer ser, e assim permitir-se deixar para trás o passado onde ele pertence, e viver o presente.
Belo domingo!
Um prazer ter te visto por lá.
Obrigado!
Beijos
ClicAki Blog(IN)FELIZ