5 de dez. de 2012

Silenciosamente


 Silenciosamente pôs-se a caminhar
 No que ainda chamava  de jardim
 Reconhecia algumas flores
 Plantadas em outra estação
 Sobreviventes à todos os sóis
 E todas as chuvas
 E todos os ventos
E todos os temporais ...

Ainda exalavam seus perfumes
E mesmo que, já desbotadas suas cores
Eram belas suas pétalas ...
Belas flores...


Silenciosamente pôs-se a caminhar
Por entre os espinhos no chão
Tantos espinhos cravados em seus pés
 Foram tantos os espinhos que rasgaram
 A sua pele...e a fizeram sangrar...

Mas ainda era o seu Jardim
E eram as suas flores
E eram os mesmos espinhos
E ela revia ali, à cada passo
 A mesma história

regina ragazzi

3 comentários:

  1. Limerique

    Deu-se conta que nunca fora assim
    Entre as flores, apenas um jasmim
    Havia acúleo espinho
    Naquele velho caminho
    Contudo ainda era aquele jardim.

    ResponderExcluir
  2. Não lhe importavam os espinhos, em seu jardim semeava flores que depois dos espinhos serenavam-lhe os pés...
    Lindo poema, como sempre, amiga!!!
    Um abraço e linda noite!!!

    ResponderExcluir
  3. Olá Regine!

    Lindo poema! Sempre me emocionam...Queria ser poetisa mas não tenho seu dom. Escrevo novelas, não me acho uma boa escritora. Amei aqui, voltarei.

    Obrigada pela visita no meu blog....

    Boa noite e beijos!

    Elaine Crespo

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